segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Liga Portuguesa: Sporting (2) vs Gil Vicente (1) - Notas

Ao ver o final do jogo, surgiram-me 2 questões:

1. Faz sentido trocar um defesa por um atacante quando se está a perder e se quer inverter o resultado?

Teoricamente e racionalmente, não. Emocionalmente, sim. Afastando o carácter emocional do jogo, é fácil traduzir a possibilidade de uma equipa marcar golo em 3 passos: posse de bola, criação de oportunidade, finalização. Custa-me encaixar a opção de Sá Pinto numa situação de melhoria das 3 fases, ou de alguma delas sem prejuízo de outra. Retirar Xandão, alterando a dinâmica de toda a equipa, nomeadamente através das novas tarefas de Cédric, Insua e Rinaudo leva a prejuízo na fase de recuperação de bola (logo menos posse de bola) e na criação de oportunidades (Izmailov ficou "sozinho" no meio-campo).
Sá Pinto conseguiu dar a volta ao resultado,
mas a estratégia usada resultará sempre?

2. Quando uma equipa é muito melhor individualmente que outra, interessa manter o equilíbrio ou chega aumentar o ritmo de jogo?

Observando o jogo, seria fácil dizer que depois do Sporting perder o equilíbrio tático da equipa, aumentou o ritmo e chegou ao resultado que procurava. Tal como muitas vezes acontece com o Benfica de Jorge Jesus e, por vezes, com o Real Madrid de Mourinho. Mais uma vez, racionalmente pouco sentido faz que uma equipa perca o equilíbrio para ganhar o jogo. No entanto, se o ritmo for tão elevado que a organização colectiva da outra equipa, isto é, o equilíbrio fique comprometido, o jogo torna-se quase numa soma de acções individuais e nesse campo ganha a equipa "maior" (leia-se com melhores jogadores).

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