sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Empréstimos - Parte 1 - Regras

Os empréstimos era um tema que queria abordar, mas por falta de tempo tenho adiado. Hoje escrevo a primeira parte de 2 textos. Este será sobre as regras vigentes, as que tentaram impor e a minha proposta. O segundo texto incidirá na vantagem (ou não) dos empréstimos para os clubes e para os jogadores.

A nossa Liga
Actualmente, a Liga Portuguesa não impõe restrições ao nível de empréstimos. Nem ao nível de duração, nem ao nível de clubes envolvidos, nem de quantidade. Sinceramente, não sei como é esta época, mas até permitia que uma equipa emprestasse jogadores a outra, beneficiando ambas as equipas da sua utilização (Braga e Vizela tinham esse protocolo em que alguns jogadores eram usados na Liga pelo Vizela e nas competições europeias pelo Braga - ex: Nuno Valente contra o Birmingham e o Club Brugge).

Alteração de regras?
Esta época, houve uma tentativa de mudar as regras não permitindo o empréstimo de jogadores por equipas do mesmo campeonato. O interesse desta alteração era acabar com a dúvida sobre a performance e lesões de jogadores aquando do confronto com o clube com o qual tem contrato. Felizmente, a última palavra cabia à FPF que não aprovou esta medida. Na minha opinião, seria um grande erro. Primeiro, o timing da decisão era muito infeliz. Muitos clubes já tinham previsto a inclusão de jogadores emprestados no plantel e era difícil arranjar alternativas dentro do orçamento da equipa (talvez se entrasse em vigor na época seguinte, não fosse tão má ideia). Em segundo lugar, os empréstimos entre equipas do mesmo escalão são uma boa maneira de realizar negócios a baixo custo por parte de todos os clubes (os maiores reduzem custos com a inclusão de jogadores emprestados, os outros recebem jogadores de boa qualidade a custo quase nulo). E ainda há o benefício para os jogadores que têm hipótese de competir no primeiro escalão do futebol português, o que ainda este ano garantiu a Atsu o lugar na primeira equipa do Porto, por exemplo.

27 jogos, 23 como titular, 6 golos e inclusão na primeira equipa na época seguinte ao empréstimo:
Atsu é um bom exemplo do que devem ser os empréstimos na Primeira Liga

As "minhas" regras
Se acho que as restrições a incluir prejudicariam o futebol português, também não sei se a ausência das mesmas é benéfica. Assim, proponho:
: Máximo de jogadores emprestados inscritos por equipa (por exemplo: 4)
: Máximo de jogadores emprestados inscritos por equipa pela mesma equipa (ex: 1)
: Autorização de empréstimo adicional de meia temporada (Agosto-Janeiro/Janeiro-Maio | ex: 1 jogador)

A primeira serve para limitar a dependência de jogadores exteriores ao clube, a segunda para limitar as dúvidas sobre a "verdade desportiva" e a terceira para cobrir situações excepcionais como vendas de última hora ou lesões prolongadas. Obviamente que todas as regras seriam impostas não nesta época, mas na próxima.

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