segunda-feira, 21 de junho de 2010

Parece, mas não é!

No último texto falei de 2 médios e volto a falar num par. Desta feita, os eleitos são Meireles e Guarín.

Meireles não esteve tão bem ao serviço do Porto, mas ao serviço da selecção tem feito boas exibições. Guarín, com um pé fora do FC do Porto até meio da época, encantou quem se dizia já impossível de encantar e parece determinado a provar o seu valor.


Começando por Guarín. Chegou como médio centro, foi experimentado a médio defensivo, como não satisfez repartiu o tempo entre o banco de suplentes e as reservas. Só conseguia alguns minutos de jogo quando Jesualdo Ferreira alinhava com 4 médios (principalmente contra equipas mais fortes fisicamente). Mas no final desta época, muito depois do grande jogo contra o Chelsea, destacou-se como médio ofensivo. Como ele próprio disse numa entrevista ao jornal OJOGO, tinha mais liberdade e confiança para atacar e podia rematar mais vezes. Sempre de pé quente e com muita técnica, é perigoso quando joga perto da área. Parece um jogador de cariz defensivo (até pelo seu porte)? Parece. Mas não é!

Raúl Meireles

Se Guarín, se destaca pelo seu porte físico, Meireles, destaca-se pela falta dele. É, talvez, o ponto mais fraco do seu jogo. Bom na leitura de jogo, na recuperação, no passe, no posicionamento, mas quando aumenta a intensidade física do jogo, Meireles não consegue manter o nível exibicional. Mas não é isto, que me faz falar dele neste texto, por isso, voltemos ao que interessa. Depois de muitas épocas de grande nível ao serviço do Porto fazendo companhia ao comandante Lucho Gonzalez, viveu, sem ele, uma época quase irreconhecível. No entanto, na selecção é cada vez um jogador mais importante, contando com alguns golos e assistências de elevada importância para as aspirações da selecção de todos nós. O que pode mudar no Porto para Meireles atingir o nível que o distinguiu nos últimos anos ou que o distingue na selecção? Vendo os últimos jogos dele, acho que lhe faz falta estar, tal como Guarín, mais próximo da zona de decisão. Quando tem possibilidade de jogar curto e fazer o último passe, tem muito mais influência no jogo. Este caso, não é tão fulgurante como o de Guarín, até porque já o vimos a jogar bem afastado da área, mas quem sabe se Meireles, também não é um jogador que parece ser mais defensivo do que realmente devia ser.

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